domingo, 12 de abril de 2009

CAPOEIRA

1º BIMESTRE


TEMA 1 - CAPOEIRA


O QUE É CAPOEIRA?

É uma miscegenação de luta, dança, ritmo, corpo e mente.
Um dos aspectos mais fascinantes da cultura brasileira, a capoeira é uma arte marcial. A filosofia do capoeirista momentos defendendo ou atacando dentro da roda de capoeira, depende do tempo e do momento dentro do jogo de capoeira.
A capoeira dentro de suas formas e fundamentos, nada tem haver com outra dança e nem a nenhuma forma de arte marcial. Ela é uma arte criada e desenvolvida no Brasil. Dentro de todo um contexto histórico e social de um país, que teve diversas interferências culturais. O Indio, o negro e o branco fizeram da capoeira, o que ela representa nos dias de hoje. Criada pelo povo brasileiro, e atualmente adaptada ao mundo.
A capoeira é considerada por muitos uma arte de lutar dentro da dança e de dançar dentro da luta. Enfim a capoeira é um jogo.

TRADIÇÃO, ARTE E CULTURA

Para se formar a roda, um círculo de pessoas delimita a área do jogo de capoeira. Dois capoeiras se aproximam e se agacham diante dos instrumentos, jogando no seu ritmo. Na maioria das academias a roda é formada por três berimbaus, um pandeiro e um atabaque. Os demais capoeiristas ficam sentados formando um círculo, respondendo em coro e batendo palmas. Geralmente a roda é iniciada em ritmo de angola e com uma ladainha. A dupla que irá jogar agacha-se e ouve atentamente até ser dado o canto de entrada, ou ainda a declinação do berimbau entre os dois capoeiristas, aí então, os jogadores se benzem, cumprimentam-se e iniciam o jogo dirigindo-se ao centro da roda.
A roda na academia deve ser feita pelo menos uma vez por semana. É a oportunidade de colocar em prática o que se aprendeu durante a semana, e aprender novas técnicas e também de ensinar. Deve ser ainda um momento de confraternização com os colegas da academia e capoeiristas visitantes.
HISTÓRIA DA CAPOEIRA
Por volta de 1719, os escravos fugitivos que buscavam proteção nos quilombos - uma espécie de forte - criaram uma luta para se defender dos brancos. Inspirado nos movimentos dos animais, os escravos adaptaram alguns "golpes", como o "pulo do macaco", o "bote do lobo", "cabeçada do touro", o "coice do cavalo", à mecânica humana.
Esta luta desenvolvida às escondidas, ganhou novas formas e ampliou a sua dimensão. Por ser muitas vezes praticada nas clareiras das matas, denominou-se capoeira. Essa denominação veio em razão de tanto se falar: "o negro fugiu para a capoeira", "peguei os escravos vadiando na capoeira". Como aquela manifestação até então não tinha um nome, passou a chamar-se definitivamente de capoeira.
Os senhores de engenho que precisavam esta manifestação dos escravos, quando em dias de folga, chamavam-na de "brincadeira dos angolas", ou vadiação dos angolas", por serem os negros bantus procedentes de Angola os que mais se davam à prática daquela atividade. Com características de dança e com seu aspecto lúdico, aquela manifestação muitas vezes deixava transparecer o seu poder de luta. A velocidade dos movimentos e a destreza com a qual esses eram executados, colocavam em risco a integridade física dos próprios escravos, bem como a integridade física e moral dos seus opressores. Um escravo machucado traria prejuízo ao seu dono e um escravizados agredido ou morto seria uma ofensa aos grandes senhores e a prática da capoeira foi proibida.
Pela manutenção de sua luta, utilizavam um dos seus instrumentos musicais para dar o alarme. Um pouco distante da roda dos capoeiras, ficava um tocador de berimbau no alto de um monte, de onde poderia se avisar a aproximação do senhor de engenho, assim era dado o sinal de alerta através de um toque especial chamado por eles de aviso (cavalaria). Após este aviso, muitos escravos se dispersavam, e os que ali ficavam simulavam algum tipo de brincadeira que nada tinha a ver com a capoeira. Seus praticantes passaram a ser vigiados pela sociedade e punidos pelos códigos penais, pois era considerada uma prática de marginais.
A partir da abolição da escravatura, a situação do Negro se torna muito dificil, pois ele se vê obrigado a sobreviver do seu próprio dinheiro. Acontece que nessa fase, o trabalho do antigo escravo foi substituído pelo não-escravo do morador. Assim, o Negro começa se deslocar para as cidades, por elas perambulando e ocupando a sua periferia.
Foi neste crescimento das cidades, da formação da população brasileira, que a capoeira apareceu como expressão da própria resistência do Negro. Nesta época, o combate entre negros e a sociedade branca se tornava, muita vezes, inevitável.
Essas revoltas chamaram a atenção da justiça, datando daí o estabelecimento de castigos corporais para o Negro que fosse preso em virtude da prática da capoeira. Uma carta, datada de 31 de Outubro de 1821, fez-se Portaria ao ser assinada pelo Ministro da Guerra, General Carlos Frederico de Paula, e Nicolau Viegas de Proença, estabelecia os castigos corporais.
Porém, na Guerra do Paraguai, foi formada uma corrente de libertos para servir a linha de frente, que com sua memória quilomba, poderiam desarticular as defesas paraguaias. Como aconteceu. Foi famosa a atuação desses negros, que vieram a ganhar uma denominação própria: "Batalhão dos Zuavos".
Mas a grande desarticulação da Capoeira foi em 1890. O Código Penal do Brasil, instituído pelo Decreto nº487 de 11 de Outubro de 1890. Estabelecia em seu capítulo XIII:
Artigo 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecido pela denominação de capoeiragem pena de dois a seis meses de reclusão.Parágrafo Único - É considerado circunstância agravante pertencer à capoeira, alguma Banda ou Malta. Aos chefes, ou cabeças, impor-se-á pena em dobro.
Artigo 403 - No caso da reincidência, será aplicado ao capoeirista, no grau máximo, a pena do artigo 400 (reclusão por três anos, em Colônias Penais e Presídios Militares na Fronteira).
Artigo 404 - Se nesse exercício de capoeira, perpetrar homicídio, provocar lesão corporal, ultrajar o poder público ou particular, e perturbar a ordem, a tranqüilidade e a segurança pública ou for encontrado com armas, incorrerá nas penas cominadas para tais crimes.
A Lei foi aplicada com vigor. No início do Governo Provisório, foram perseguidos pelos chefes de polícia, presos e deportados em grande número para Fernando de Noronha.
Daí em diante, a tendência foi o desaparecimento de capoeiristas. A redução foi grande: vários foram presos.
Porém, em 1937, Getúlio Vargas, então presidente da República, isto é, a partir da instalação do Estado Novo, a capoeira voltou a existir sem a perseguição de outrora. Vargas reabilitou a Capoeira, derrubando o Decreto-Lei nº 487 e assegurando sua existência em "espaços fechados". Aí estava a diferença: o controle institucional passava a existir em troca de sua legalidade.
A finalidade da legalização da capoeira foi a de permitir a constituição de um campo de apoio a uniformização social que o Estado Novo implementaria.
Diferentemente da República dos Coronéis, a República de Vargas foi subsidiada por uma retórica do corpo. Este discurso está marcado pela política desportiva e pela proposta de formação do professor de Educação Física.

GRANDES MESTRES:

- Mestre Pastinha (1889-1981) Vicente Ferreira Pastinha nasceu em Salvador em 05 de abril de 1889, filho do espanhol José Señor Pastinha e da negra Raimunda dos Santos. Iniciou-se na capoeira aos 10 anos chamado pelo preto Benedito, um escravo alforriado, para aprender a malícia e poder enfrentar um outro menino mais velho e mais forte do que ele que vivia lhe fazendo ameaças. Pastinha começou a freqüentar o canzuá do tio Benedito , e pouco tempo depois sairia considerado pronto pelo mestre e seguiria fortalecendo a fama de imbatível pelas ladeiras da cidade.Tendo passado por várias profissões inclusive pela Marinha de Guerra, Pastinha sempre sentia o apelo mais forte da capoeira e em 1935, aos 46 anos, fundou sua primeira academia que funcionou por alguns anos num local conhecido na época como Bigode, próximo ao Pelourinho. Em 1941 mudou-se para o casarão nº19, no Pelourinho, criando o “Centro Esportivo Capoeira Angola”. Era lá que o Mestre ensinava capoeira e se apresentava para turistas do mundo inteiro.Em 1964, lança um livro: ”Capoeira Angola” com orelha de seu amigo Jorge Amado. Pastinha apresentou-se com seu grupo em vários estados do Brasil e fez parte da delegação brasileira que representou o Brasil no 1º festival de artes negras em Dakar na África realizado em abril de 1966. Já famoso no Brasil e no exterior, em 1973, aos 84 anos, Pastinha foi despejado de sua academia pela Fundação do Patrimônio, sendo seu espaço transformado em restaurante. Esta expropriação foi um grande golpe sofrido pelo Mestre. Sua mulher, Maria Romélia Costa Oliveira, a D.Nice, foi quem cuidou de Pastinha até o fim ganhando o sustento do casal com um tabuleiro de acarajés. Alguns discípulos e amigos também o ajudaram como o escritor Jorge Amado, que conseguiu junto ao então prefeito de Salvador, assegurar uma pensão de 3 salários mínimos para Pastinha. Patinha sofreu o primeiro derrame em maio de 1978, e o segundo um mês depois. Transferido para o abrigo D.Pedro II, Pastinha morre em 13 de novembro de 1981.

CONSELHOS DO MESTRE
“O capoeirista deve ser calmo, nada de afobação, a tranqüilidade permite que o capoeira se defenda ou ataque com mais sabedoria e malandragem.”
”O capoeirista deve ser leal, tem que respeitar seus colegas e ter uma obediência quase cega às regras da capoeira.”
”Ninguém pode mostrar tudo o que tem. As entregas e revelações tem que ser feitas aos poucos. Isso serve na capoeira, na família, na vida. Há segredos que não podem ser revelados a todas as pessoas. Há momentos que não podem ser divididos.”
”Não se pode esquecer o berimbau. Berimbau é o primitivo mestre. Ensina pelo som. Dá vibração e ginga ao corpo da gente. O conjunto de percussão com o berimbau não é arranjo moderno não, é coisa de princípios. Bom capoeirista além de jogar deve saber tocar berimbau e cantar.”
"Angola, capoeira mãe. Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método, seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista.”
”Capoeira é mandinga, é manha, é malícia, é tudo que a boca come...”
”Pratico a verdadeira capoeira angola e aqui os homens aprendem a ser leais e justos. A lei de angola que herdei de meus avós é a lei da lealdade. A capoeira angola, a que aprendi, não deixei mudar aqui na academia. Os meus discípulos zelam por mim. Os olhos deles agora são os meus.”

- Mestre Bimba (1900-1974) Manuel dos Reis Machado nasceu no dia 23 de novembro de 1900, no bairro Engenho Velho, Freguesia de Brotas, Salvador, Bahia.O apelido ele ganhou logo ao nascer de uma aposta feita entre sua mãe, Maria Martinha do Bonfim e a parteira que o aparou.Seu pai, Luís Cândido Machado, era conhecido como um grande batuqueiro, campeão de batuque.Iniciou-se na capoeira aos 12 anos de idade, seu mestre foi o africano Bentinho, capitão da Companhia de Navegação Baiana.Aos 18 anos começa a dar aulas no bairro onde nasceu. Como ele mesmo dizia:“Em 1918 não havia escola de capoeira, havia sim rodas de capoeira, nas esquinas, nos armazéns e no meio do mato”.Em 1928 achando que a capoeira que ele praticava e ensinava era pouco competitiva, e que deixava a desejar em termos de luta, juntou golpes de batuque à capoeira de angola e criou a capoeira regional.“Fiz a capoeira regional. Enquanto estudava e praticava a de angola fui inventando e aperfeiçoando novos golpes”.“Em 1928 eu criei, completa, a regional que é o batuque misturado com a angola, com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o corpo e para a mente.”A capoeira regional criada por Mestre Bimba foi motivo de muita polêmica entre os outros capoeiristas que não concordavam com sua radical mudança. Por outro lado, os jornais e revistas da época não cansavam de noticiar suas proezas. A fama de Bimba e da capoeira regional se propaga pelo Brasil.Em 1932, fundou sua primeira academia especializada com o nome de “Centro de Cultura Física e Regional”. Cinco anos depois, em 1937, era reconhecida e registrada oficialmente pelo governo. Em 1939, Bimba ensina capoeira regional no quartel do CPOR. Instalou sua segunda academia em 1942.Bimba leva a capoeira em exibições por todo o país e em 23 de julho de 1953 apresenta-se para o então presidente Getúlio Vargas, no palácio da Aclamação em Salvador. Ao apertar-lhe a mão o Presidente disse:“A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional.” Foi depois desta apresentação que Getúlio Vargas liberou as manifestações populares até então perseguidas e, com isso, beneficiou a capoeira que deixou de ser proibida pela polícia.Casado e pai de 10 filhos, Bimba enfrentava problemas financeiros. Assim, acreditando em promessas de maior reconhecimento e de uma vida melhor, Mestre Bimba deixa Salvador e parte para Goiânia.Porém sua vida em Goiânia não foi como lhe haviam prometido. Um ano depois de deixar a Bahia, no dia 05 de fevereiro de 1974, morre Mestre Bimba.“O homem que elevou a capoeira de status, que a tirou de baixo do pé do boi, como gostava de dizer, e a introduziu nos meios universitários e sociais de Salvador, que foi citado em enciclopédias e filmado por turistas do mundo todo.”Sepultado em Goiânia, seus restos mortais foram transladados para Salvador em 20 de julho de 1978.“Bimba se foi mas deixou sua majestosa, inigualável obra, a qual, como ele, tornaram-se imortais, deixando sua filosofia e sua força de fazer uma capoeira forte e insuperável, uma capoeira autêntica, digna de ser chamada Capoeira Regional, a arte marcial brasileira.”Algumas criações de Mestre Bimba: - Criou a capoeira regional, na época consistia de 52 golpes.- Criou um método de ensino, a chamada seqüência de Bimba que consiste em 8 seqüências de ataque e defesa para serem executados na roda.- Criou a seqüência de cintura desprezada, que é uma série de balões cinturados, que os alunos só podiam jogar depois de formados, ao toque de iúna.- Criou o batizado de capoeira, um ritual onde o aluno é iniciado na capoeira recebendo um apelido e sua primeira graduação.- Criou a graduação na capoeira, que consistia em 4 lenços de esguião de seda:1º lenço cor azul – aluno formado2º lenço cor vermelho – aluno formado e especializado3º lenço cor amarelo – curso de armas4º lenço cor branco – mestre de capoeira

- Antônio Carlos Moraes (Mestre Caiçara)
Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997.

- João Pereira dos Santos (Mestre João Pequeno)Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais angoleiros da nova geração. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira. Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio - Santo Antônio além do Carmo Salvador – Bahia

- João Oliveira dos Santos (Mestre João Grande)
Um dos principais discípulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.


BATIZADO
É uma festa de confraternização entre os mestres e alunos. E um encontro de energia, é cultura, é troca de informações e muita emoção.
Normalmente, quando um aluno é batizado na capoeira, ele recebe um nome de guerra, um apelido baseado em alguma característica pessoal. Um nome com carinho escolhido pelo Mestre, para diferenciação e aproximação com a realidade da capoeira. Este é um costume antigo preservado até os dias de hoje.Para o aluno receber seu primeiro cordão, deverá ter em média de seis meses a um ano de treinamento. Antes de passar pelo batismo o aluno deverá fazer um teste teórico e prático, relativo a tudo que aprendeu até o momento. Essa tradição existente hoje na Capoeira, foi uma criação do mestre Bimba, para a iniciação do aluno nos caminhos mais profundos de nossa luta. Trata-se do primeiro contato do aluno com o mestre visitante numa roda de Capoeira, que no decorrer do jogo poderá aplicar-lhe uma queda. Essa que simbolicamente significa ser a primeira e a última, pois " o capoeira que é bom não cai, escorrega, e se cai, cai bem" . Dizem !!! Formada a roda os capoeiristas jogarão ao som dos instrumentos, que são compostos por três berimbaus (gunga, médio e viola), um atabaque e um pandeiro. Primeiramente se ouve o som do gunga, que é um berimbau de som grave e determina o ritmo, em seguida o médio que acompanha o toque do gunga e o viola que é um berimbau de som agudo e serve para fazer os repiques. Depois dos berimbaus entra o atabaque que faz a marcação e logo o pandeiro, dando início a cantoria e o coro, que é respondido pelos capoeiristas. A roda está aberta, ou seja, pode iniciar o jogo. "Capoeira é luta de bailarinos. É dança de gladiadores. É duelo de camaradas. É jogo, é balaio, é disputa- simbiose perfeita de força e ritmo, poesia e agilidade. Única em que os movimentos são comandados pela música e pelo canto. A submissão da força ao ritmo. Da violência à melodia. A sublinação dos antagonismos. Na Capoeira, os contendores não são adversários, são camaradas. Não lutam, fingem lutar. Procuram - genialmente - dar a visão artística de um combate, acima do espírito de competição há neles um sentido de beleza. O capoeira é um artista e um atleta, um jogador, e um poeta".

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